domingo, 25 de setembro de 2011

Revisei detalhadamente meus últimos dias...tantas vidas em apenas dois meses. É tudo o que posso me lembrar, longos e confusos dois meses. Hoje mesmo acho que estive no inferno. E é saindo do fundo do poço que nos tornamos fortes, ao menos dentro de nós. Alguma maldade hoje vive dentro de mim, e é o que me torna corajosa. Não temo mais os perigos, pois também posso me tornar um. E a vida voltou a ser um jogo, isso me conforta. A morte não me afeta, nunca esteve tão perto de mim. Às vezes ela vem para o bem, embora nem sempre possamos compreender. Mas me cansei de ser uma expectadora, quero fazer o meu destino..e destruir alguns, talvez.
Seria uma experiência? Tantas perdas em sequência...o sofrimento se converte em ódio, me fazendo firme. Quem sabe tantos traumas possam um dia me consertar. Deve ser essa a intenção da vida, ao me fazer passar por isso.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Insanidade mental

Às vezes me pergunto por que ainda venho aqui. Qual a finalidade de se manter um blog sem qualquer divulgação...sem nenhum conteúdo. É que a vida sempre pede um momento de insanidade...(é melhor do que falar sozinha na rua). Aqui me descarrego enquanto finjo que me escondo do resto do mundo. Não é que meu mundo seja a parte, ele apenas gira no sentido contrário. E sempre me excitou a sensação de parecer invisível.

Evito ler os posts que já escrevi. Temo andar em círculos. Prefiro deixar rastros perdidos, sem direção, lentos e tortos como os de um caracol. Tenho muitas idéias que não consigo expressar. Talvez existam sentimentos e "insights" para os quais não se tenha vocabulário disponível em nenhum idioma. Talvez meus sentimentos fiquem registrados aqui de alguma forma, e não faria sentido divulgá-los, pois ninguém compreenderia. Deixo aqui algum registro para que quem sabe um dia, um grupo de extraterrestres procurando vida (não necessariamente inteligente) neste planeta possam entender o que se passou neste pequeno universo.

Não tive uma semana fácil. Bipolarizei inúmeras vezes e constatei que nenhum ansiolítico consegue conter minhas angústias involuntárias. Apesar de tudo, tento confiar em mim. Afinal, não resta mais nada em que confiar. Decidi não mais me esconder por trás de alguma aparente tranquilidade que só me tolhia. Resolvi mostrar quem sou, independentemente de quem eu seja quando o dia começa. Aprendi que apesar de não ser sempre a mesma, eu nunca perco a razão, isso me dá alguma segurança. Não há maneira mais segura de viver senão só. Me sinto bem melhor assim, talvez por isso eu esteja escrevendo palavras perdidas em um blog vazio em plena sexta-feira.

Melhor ainda é saber que amanhã posso não pensar assim. Posso não me ver assim, posso nem estar aqui. Aprendendo a me compartilhar comigo mesma...é uma forma de não seguir nessa estrada tão sozinha. É bom finalmente me ter como aliada.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

...

We on now
What you gon' do 'bout it?
We got that money, what we gon' do with it?
We run the club, how you gon' act now?
  The Cataracs

quinta-feira, 1 de setembro de 2011


Acordei pensando: será que hoje é meu último dia de vida? É a sensação de que toda a vida se passa em um único dia. É a velocidade com que minha mente e meu coração seguem. Sentem, descobrem. Meu corpo quer descansar, acostumado a temer o mundo e não sair do lugar. Mas no desapego encontrei algo a que me apegar. A mera felicidade...tão abstrata que não se pode tê-la em uma estante e guardá-la para o momento certo. E não existe receita ou carta na manga que possa garanti-la. Meus truques e estratégias se vêem perdidos, trabalhar com eles pouco adianta agora. Se eu pensar nas conseqüências, é como ler a bula de um remédio milagroso, quando adiamos o tratamento por temer os seus efeitos colaterais. Como acompanhar esse ritmo? Como enxergar os milagres além da minha fantasia? Nessas horas é só se deixar levar.