quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Tem sentido?


Paro pra pensar no quanto a vida é complexa. Parece um tanto cansativa quando se enxerga que se trata de um longo caminho sem descanso, composta de fatores independentes e alheios à nossa vontade individual...e tudo se mistura à nossa vida pessoal de um jeito que nos sentimos simplesmente levados. O tempo pode parecer uma brisa, ao mesmo tempo uma enxurrada. Isso leva tudo de nós. Dá um certo medo de que o tempo me deixe sozinha, sem nada do que levava, e sem aquilo que deveria encontrar. Como tanta coisa pode se transformar tão de repente..Tão de repente que em um lapso de memória me sinto estranha, não sei como vim parar aqui. Deve ter sido mais uma crise de ausência que fez com que a vida me levasse sem que eu pudesse perceber o que acontecia. Muita coisa eu não encontro mais. Não estão mais aqui. Muita coisa aconteceu, ainda tô pra descobrir o que foi que eu fiz dessa vez. Deve ser mesmo a memória...ai, ai. Num dia a vida me faz uma simples troca, leva algo que tinha comigo, tanto faz o valor sentimental que tinha, o destino praticamente me assalta, e me dá em troca algo novo, sem interessar a ele se eu vou gostar ou não. E isso acontece tantas simultâneas vezes, que numa distração me vejo tão diferente...e eis que tudo se foi.

Mais uma noite veio pra me envelhecer. Pra tirar, quem sabe, mais algum pequeno detalhe em mim. Mas vou aguardar o Sol pra me ensinar a andar novamente. Espero aprender a ser feliz sem olhar pra trás.



...Um dia vou achar graça de todas as cômicas tragédias que vivi. Esse ano foi histórico.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Uma lição eu aprendi. Se quer ter um homem, nunca conte a ele seus problemas. Conte ao cabeleireiro. Vida pessoal é pra quem se paga pra escutar. Pertencem a uma outra espécie, realmente. Se engana quem pensa que encontrou um amigo. Se aproxime de um desses e você pode acabar sozinha pro resto da vida, é queima filme demais. Uma vez eu caí nessa besteira de falar da vida pra um cara, uma não, duas. Três eu acho. É que sempre amei a companhia masculina, isso no tempo que os meninos eram bons amigos. Confesso que foi um tanto decepcionante eles terem deixado de ser. Talvez o tempo os tenha deixado cegos, ou surdos, ou um pouco idiotas. É muito difícil me controlar, pois quando vejo um homem quero um melhor amigo, como aqueles dos velhos tempos, e só o que consegui até aqui foi amar cada vez mais o meu cachorro, e o meu cabeleireiro. Descobri que a companhia feminina, ao contrário do que eu pensava, é bastante agradável, com um pouco de álcool, é claro. Com os homens o que ví foi agressão. Alguns velados, outros declarados..Relacionamentos? Com estes, não mais que um mês. Mas não os culpo, o erro foi meu ao não reconhecer que eles jamais me compreenderiam. Suas vidas seriam muito infelizes se passassem a enxergar o mundo desta maneira. Descobrir os papéis ridículos que representam, e que mais ridículos se tornam por se acharem donos do mundo. Por não saberem nada do amor e de como agradar uma mulher. Deixarei que vivam suas fantasias sujas, daqui pra frente..homem e amigo são coisas bem diferentes.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Enfim...férias.


E acabou. Hoje é só o fim de mais um momento na vida. É o fim de algo que me cansou, mas que me trouxe muitos bons momentos. E que só por ser um fim me traz alguma dor. Respirei aliviada...Foi difícil, eu que o diga. É tanta coisa na cabeça. Já não sei o que fazer do tempo que me resta, mas hoje eu só quero descanso.


[Por mais feliz que esteja não dá pra negar que aquela rotina me fará falta (como o passado me faz), todos aqueles professores, as velhas matérias que já me pareceram bem difíceis. Mas é inevitável. Eu passei, o tempo passou. Foi difícil estudar esse semestre. Estive deprimida, agredida, doente, cansada, preguiçosa, com insônia, com sono demais, trabalhando demais, desleixada, esforçada, feliz. Apesar de tudo eu estudei, nem parece grande coisa mas eu sei o que significou. Esse semestre foi um desafio, mais um dos que eu entrei... e venci.]